Doença e cura foi o quinto livro que eu recebi pelo Book Tour do Selo Brasileiro.
Em um submundo de sombras e poder, onde os vampiros são reais, surge uma entidade desconhecida, que perambula em uma incansável busca pelo sangue eterno dos mortos-vivos, enlouquecendo-os com pavores semelhantes aos que eles costumam infligir aos seres humanos, e usando os próprios humanos como iscas para atraí-los...
A história de Doença e Cura é singular, isso eu afirmo. O autor nos traz uma nova “raça”, uma espécie de Anti-vampiro. Essa criatura estaria, na cadeia alimentar acima dos vampiros, se alimentando deles. Como o autor gosta (e insiste) de deixar claro que os vampiros são como uma doença para o mundo e essa nova raça vem com o intuito de ser uma cura, aniquilando os vampiros.
O livro tem um toque muito trash. Com cenas descritas de maneira seca e sem receio. Seja mostrando a dor dos personagens ou os delírios deles. Confesso que as vezes isso me desconcentrava pois em certas partes o “toque” trash era imenso, o que me fazia sentir um certo desconforto na leitura.
A escrita do autor não me prendeu muito, sentia necessidade de parar a leitura diversas vezes para que conseguisse continuar. Pontos excessivos, parágrafos desnecessários e reticências foram utilizados em excesso, e mesmo que seja uma característica da escrita do autor em certo ponto me dava agonia, não sei se era essa a intenção, mas o corte de pensamento me vinha com essa estrutura de escrita.
Volto a dizer que a idéia do livro me pareceu muito boa e interessante, mas a obra como um todo não me cativou. Pode se dar ao fato de que eu não estou acostumado com esse tipo de literatura ou até mesmo de que eu não sou o público alvo para o qual o escritor quer se dirigir em sua narrativa.
Por isso eu acabo indicando a leitura desse livro não porque me fascinou, mas para que cada um possa ver com os próprios olhos essa bizarra obra e enfim saber se os incômodos pelo qual eu passei foram devidos a essas questões de gosto pessoal.
Nota: 2
Olá, JC.
ResponderExcluirPosso garantir que a forma como eu escrevi Doença e Cura visa justamente desconcertar. Meu livro impõe seu próprio ritmo, foge da linearidade tradicional das estórias escritas, apresenta personagens e cenários anônimos, e faz de um gato-e-sapato tremendo com a cabeça do leitor. Posso garantir que os incômodos por que você passou são todos propositais, exceto um... a diagramação. Infelizmente meu orçamento e falta de experiência com editoras acabaram deixando meu livro com o texto bastante "apertado", por assim dizer. Isso pode tornar a leitura bem mais cansativa do que poderia ser, caso o texto fosse mais espaçado e o número de páginas, maior.
Tenho certeza que um dia vou conseguir republicar Doença e Cura com umas 40 páginas a mais, no mínimo, em um papel amarelado e bonito desses que andam em voga hoje em dia. Aí quem sabe voce tope uma nova leitura, com mais calma, sem os prazos de um book tour. Não que o livro vá te deixar menos desconcertado ou desconfortável... hehehehe! =)
Gostei disso de toque trash e obra bizarra. Adjetivos novos pra esse meu livro em que fiz questão de quebrar paradigmas e costumes literários e de escrita.
Abraços.
A sinceridade da resenha muito me admira parabéns pela excelente opinião poucas pessoas possuem esse senso de sinceridade ao se dirigir a um livro
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